Gatinho Ron-ron e eu acabamos nos desentendendo. Sabe-se lá porque ele veio super hostil comigo e, na melhor parte do diálogo:
Gatinho Ron-ron:
"Se você quer acabar comigo, acaba logo de uma vez!"Mauri:
"Eu não quero acabar! Te amo, porra!"
Gatinho Ron-ron:
"Não me chama de Porra!"E, como já é clichê, depois da briga, acabamos chorando, pedindo desculpas e dizendo que nos amamos e que nunca mais vamos brigar.
Somos diferentes. E daí? Eu não quero namorar um clone... Além do mais, quem lia os outros blogs soube da minha luta em encontrar alguém decente que me fizesse feliz. Meus ex dariam uma versão de Ex-Loucos, estrelando:

Sven, drogado: Adora cheirar pó nos tempos livres e queria porque queria transar comigo se eu estivesse drogado. Como a única droga que eu uso é o alcool, acabei não satisfazendo essa vontade, que o fez drogar e dormir com uma piriguete.

James, neurótico: Era mais velho que eu e tinha um papo meio louco. Tinha medo de intimidade e durante 3 meses de namoro transamos duas porcas vezes, sendo que da última vez ele estava de mau-humor, o que o levou a me expulsar a gritos do seu carro, levando o relacionamento ao fim. Pior que ainda tentamos contato... Mas, acabou com uma briga que me fez perder o resto da paciência e o excluir do msn, orkut, vida.

François, francês: Paqueramos numa boate... Era um homem lindo, gostoso, bom de cama, tarado, pervertido, fumante, elegante, charmoso, surreal e depois virou meu professor de Francês. O problema é que ele tinha umas síndromes de Maria do Bairro de vez em quando. Uma noite, ele iria dormir (mentira, fazer sexo comigo) na minha casa (todo mundo viajando) e, ao entrarmos no bar, o segurança (filho duma p*ta) avisou a ele que um amgo dele (mentira, o ex) havia estado lá na noite anterior e perguntado por ele. Foi o suficiente para ele surtar e me abandonar ali mesmo alegando que "ele já tinha uma história com o ex" e deixando bem claro que eu era um passatempo sexual-emocional.
Oswaldo, metrossexual: Arquiteto famosíssimo da cidade que é egoísta e vaidoso. Era ruim de cama (ele achava romântico ir pra cama ouvindo Maria Bethânia enquanto eu não ria para não broxar). Fez mestrado na China e por isso se achava a última coca-cola do Saara. No nosso penúltimo encontro eu disse a ele que gostava dele, em resposta ele disse: "Não, você não gosta de mim... Você gosta do meu status! Eu sou o que você quer ser no futuro!". No dia seguinte, bati na casa dele deixando tudo o que ele tinha comprado pra mim e uma quantia em dinheiro que seria o equivalente ao que tinhamos gasto em lanches, entreguei na mão dele e disse: "Enfia no teu c*".
O resto dos caras que saí foram tão insignificantes e sacanas que nem vale a pena contar porque eu não lembro (não quero dizer que eu seja frívolo mas, simplesmente se eu tivesse lembrado, é sinal de que tinha sido importante para mim). Lembro que sofri tanto por causa do bosta do Francês que eu adquiri um mecanismo... Eu me atirava direto para os homens e queria apenas usá-los como brinquedo sexual. Houveram paixonites não correspondidas/platônicas como o cara do posto de gasolina, um certo leitor e o menino da academia. Houveram sacanas que diziam que amavam e que queriam algo sério até que, depois do sexo, se transformavam em demônios horrendos. Houveram aqueles que estavam em tamanho desespero que só de beijar já queriam casar e davam um medo.
Com o Gatinho ron-ron eu posso ser eu mesmo... E sinto que sou feliz, mais do que quando estive com esses gaiatos aí de cima, e, realmente, chego a conclusão de que aquilo o que dizem é certo: Seu ex-namorado não passa de um treinamento para um namorado melhor que virá e que você terá aprendido bastante que será capaz de ser feliz e fazê-lo feliz.