Lembro daquele dia em que ele chegou no primeiro dia de aula, o aluno bolsista da faculdade que se sentou ao meu lado e ficava me encarando. Meus amigos diziam que ele era a fim de mim e eu dizia que não, que ele era heterossexual e blábláblá.
Batemos papo, se chama Rodrigo, descobrimos que usavamos o mesmo ônibus para voltar para casa e isso nos deixava meia hora conversando sobre a vida na parada. Lembro que bebi muito uma vez e disse ao grupo que eu era gay. Ele foi o único que duvidou.
Numa noite de espera, ele me confessou que era virgem e, desde então, a atração surgiu. Meses depois, ele disse que tinha curiosidades em fazer sexo comigo. Meus hormônios enlouqueceram e propus a ele um encontro. Eu estava cheio de esperanças, ele cheio de medos e disse que eu tinha distorcido o que ele dissera. Eu, que tenho notas boas em análise do discurso.
E aconteceu da segunda vez em que ele me propos um encontro e depois brigou comigo, dizendo que eu tinha a imaginação fértil, e eu mandei ele se tratar. Mas dois dias depois de ignora-lo, voltamos a nos falar.
Arranjei o Phellipe, ele arranjou uma garota que parece vinda de uma quermesse. Deixei o Phellipe. Ele continuou com a garota da quermesse.
Julho, férias. Ele me mandou fotos sem roupa e eu me lembrei de um colega de classe quando desabafei com ele sobre o que eu sentia em relação a Rodrigo:"ele só está brincando contigo. Por isso ele faz essas coisas." Pedi que ele parasse de me enviar fotos, ele não parou. Disse que era falta de respeito, que ele deveria mandar pra garota da quermesse, que ele só queria brincar com a minha cara e decidi ignora-lo.
As aulas recomeçaram, ele me saudou com um sorriso de saudades, e eu com meu silêncio seguido de um olhar digno de vilão de revenge. A cada segundo eu recebia uma mensagem sua perguntando "pq vc ñ fala comigo?" E eu me achava no direito de nao responder.
Então houve um dia em que o professor nos organizou em grupos para realizar um trabalho, e nos sentamos juntos. Ele me mandou uma mensagem. "Obrigado por voltara a falar comigo." Que eu respondi com um "não te gaba." , "Pq me ignoras?" Ele perguntou. "Pq rola muita tensão sexual entre nos, estamos no penúltimo semestre e até o final do curso devemos pelo menos nos beijar." Eu pude ouvir sua risada.
Na semana seguinte, ele me chamou para sair. Bebemos, acabamos num motel, ele não é mais virgem, eu não sou mais curioso com seu corpo nu, nós prometemos seguir isso adiante.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Gestalt fechada
Estragando
Kai e eu na safadeza. Vimos que sexo entre nos segue uma delícia e decidimos continuar nos encontrando clandestinamente. Quando da vontade, nos vemos, tiramos a roupa, transamos feito bichos e depois trocamos mensagens mimimi. 3 anos que não podem ser jogados no lixo, claro que isso ainda ia dar pano pra manga e eu sabia que não era um ponto final, e sim reticências.
Mas, no último encontro, Kai me contou que meu melhor amigo, aquele que falava que o Kai era irritante, chato e que falava muito, convidou o Kai para transar. Na hora, minha expressão mudou, quis bater nesse amigo, cortar amizade e a vontade de fazer sexo sumiu.
Nao sei se ainda querendo me provocar, mas Kai me disse que não dormiu com ele. E me disse que naquele fim de semana iria receber um amigo de outra cidade em casa que viria somente para vê-lo. Senti ciúmes e, dessa vez ele não conseguiu perceber. Ele dizia que meu olhar perdia a vida quando eu sentia ciúmes.
Pensei em quem sou eu para sentir ciúmes? Antes eu era namorado, e hoje eu sou apenas uma tranaa clandestina. Isso não me fez bem... Não posso seguir adiante. Sinto muito..
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Quando ser gay é um saco
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Como num filme
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Café com veneno - da balada
P.s.: Saudades disso aqui.